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sexta-feira, 22 de março de 2013

Licões do amanhecer.

É essa a hora em que o céu perde o azul e mar adentro vê-se apenas a massa espessa da treva.
Esta é a hora em que as ruas ficam vazias. As aves retornam aos abrigos, os sons se dispersam.
Esta é a hora em que os nossos temores, dissimulados durante o dia, se acumulam. Mas é também a hora em que nosso olhar, antes distraído pelo colorido do dia, volta-se para dentro de nós mesmos e dos nossos ocultos sentimentos.
É a hora em que revemos nossa caminhada, repensamos os rumos, reavaliamos a direção, e somos surpeendidos pela descoberta, até então insuspeita, de que, apesar da noite aqui fora, resiste em nós uma luz imperturbável, clara, serena, uma luz definida que noite alguma pode apagar, e não apaga!

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